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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Cristiana Peres: "Meus fãs não me dão ursinhos, me dão livros"




Com ar tímido de quem ainda não se acostumou muito com a fama trazida pela protagonista de "Malhação", Cristiana Peres, de 23 anos, encontrou-se com a repórter Clara Passipara responder às perguntas dos leitores enviadas ao site de QUEM. Antes de conseguir seu primeiro papel na televisão como a versão jovem da vilã Flora (Patrícia Pillar) em "A Favorita" (2008), a atriz, nascida em Itaipava, região serrana do Rio, estudava piscologia.

Abandonou o curso para se dedicar-se à carreira artística, mas diz que o aprendizado na universidade tem ajudado a compor seu personagem. Sobre Fiuk, seu namorado na trama e sonho de consumo de milhares de meninas, ela é só elogios. "Ele é uma gracinha, conseguimos trabalhar bem e nosso beijo faz parte dessa sintonia", afirma.

1- Como você lida com tentativas de invasão de privacidade dos fãs?

É esquisito. Escrevi no Twitter que não é questão de me incomodar com o fato de saberem com quem eu fico. Mas gostaria que minha relação com os fãs fosse direta, que perguntassem sobre mim e não sobre o Fiuk, namorado, família. É chato, fica um tititi, e isso é pequeno. Minha vida só importa a mim.

2- Você está solteira?

Estou. Não tenho nem agenda para namorar (risos)!

3- Ter feito psicologia torna o teatro mais fácil?

A psicologia te deixa num devaneio, tudo é questionado. Quando se está em cena, não se pode pensar, tem que agir. Mas ajuda a compor o personagem. Cristiana perdeu a mãe cedo e a psicologia ajuda a entender como ela lida de uma forma maternal com a irmã caçula, que tem inveja dela. Ainda quero me formar, sinto falta de estudar.

4- Que dica daria para quem quer ser atriz?

No teste, me identifiquei muito com Cristiana. Também já fui sonhadora, meio trouxa, ingênua. Fiz (o teste) contracenando com o Fiuk. Foi tranquilo porque eu tinha feito a Oficina de Atores da Globo. A dica é que o ator precisa se conhecer e se investigar para conseguir compor o personagem.

5- Como reagiu ao saber que faria um personagem com o mesmo nome que o seu?

Foi uma coincidência absurda. Tinha que ser meu! No teste, pensei que o nome do menino que faria Bernardo seria Bernardo também (risos). Estranhei andar na rua e as pessoas me chamarem pelo meu nome.

6- Malhação tem destacado temas como sexo e drogas, inapropriados para crianças. O que acha disso?

Ninguém sabe que a maioria do público de Malhação é de pessoas de 30 a 60 anos. Pesquisas dizem isso. Para a galera de 8 ou 12 anos, tem o Geral.com. Esses temas precisam ser abordados, principalmente para jovens de 13 a 17 anos, que é uma baita fase de formação.

7- Como é a pressão de ser exemplo para milhares de pessoas?

Sou a mais velha do elenco, entrei sabendo da responsabilidade. Absorvo bem a pressão e o Fiuk também, da maneira dele. É pirante, mas é uma fase. Deixo claro que não tenho 17 anos, como a Cristiana, tenho 23. E não vou pirar de achar que tenho que andar arrumada na rua.

8- Você fica chateada com o fato de darem mais atenção ao Fiuk por ele ser filho do Fábio Jr.?

Imagina! Fiuk estourou, batalhou por isso. Temos caminhos diferentes. Tenho a atenção que mereço e que de alguma maneira me qualifica. Meus fãs não me dão ursinhos, me dão livros. Uma fã me mandou Cem Anos de Solidão (de Gabriel García Márquez). Essa é a atenção que curto.

9- Como é dar altos beijos no Fiuk?

Beijo é relativo (risos)! Ele é uma gracinha, conseguimos trabalhar bem e nosso beijo faz parte dessa sintonia. Respondi (risos)? Não rola nada. Gravamos muito e temos que nos ajudar, ser amigos. A gente chora, ri, sofre junto.

10- Você tem projetos para depois de Malhação?

Não me preocupo, porque quero descansar. Nessa reta final, estamos gravando aos sábados, saindo do Projac meia-noite. Estou pesquisando trabalhos no teatro. Aqui (na Globo) rolam possibilidades, mas não tem nada fechado.

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